domingo, 3 de abril de 2016

Exposta

Queria todo dia festa pra dançar, gente pra falar, rua pra andar até o corpo cansar e cair exausto. É que eu sou assim, não consigo descansar até ver o fim, das energias, das esperanças, das forças que tenho pra aguentar. Quero beber amor de corpo em copo, me embriagar de gostos até vomitar a intensidade das relações. A monotonia das pessoas vazias me faz querer pular nos abismos que encontro pelo caminho. A queda é irresistível e o chão parece tão distante, arrisco tudo pra voar por um instante. Tem gente que quer entender, mas, não há nada a se dizer, são palavras só pra ouvir, são frases sem sentido e até o silencio mais bonito que habita o universo no ritmo certo vira verso.

É que sou um pouco de infinito misturada a paisagem pra encantar os sonhadores que, assim como eu, não conhecem os limites. Me refiro as estrelas para buscar a essência da plenitude e me perco antes de alcançá-las. É um vício que eu não consigo superar, um ciclo que não consigo evitar, uma sensação dolorida que eu sei que vai chegar, mas não consigo pensar antes de me entregar.     

Um comentário:

  1. Acolho no silêncio de sua prosa, e a transformo em versos, de quem tem a mais nobre essência pela vida - sua plenitude - sua entrega!
    Abraço.

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