terça-feira, 25 de outubro de 2011

Mas na verdade, eu estava sozinha lá






As  luzes estão piscando, a fumaça está envolvendo, o ritmo está levando, a noite embalando um sonho de garota. Uma jovem garota, dança bem do meio da pista lotada, dança de olhos fechados, dança graciosa, dança  tão leve que por um instante pareceu flutuar. De repente começa a tocar Spice Girls, uma fila de garotas dançando os passinhos nada ousados dos anos 90, tão engraçadas e divertidas elas vestem roupas ultrapassadas que deixam seus corpos com um ar mais velho. Agora uma delas está cantando. Puxa, como ela canta bem! A coreografia sincronizada é mesmo muito difícil, mas as garotas não param, não erram, não cansam, continuam divertindo toda a festa. Espera... Acho que a festa está muito colorida, a música está ficando lenta e arrastada, os cabelos estão crescendo, os pés estão ficando descalços, a fumaça está aumentando e o cheiro desse lugar parece estranho. É uma festa Hippie! Aquariuuuuuuuus, Aquariiiiiius! AQUARIUSSSS! 
Hei! Todos de mãos dadas, num circulo viciante, num ritmo lento, numa paz sufocante! Cor e música, fumaça e cabelos longos, abraços e sorrisos, muitas pessoas. Hippies mais parecem indianos, e algumas saias arrastam levando a sujeira que há no chão. Uma festa... diferente. Uma festa feita inteira na minha mente.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Eu quero falar de muitas coisas, mas não quero que esse se torne um post enorme, chato e confuso.


Pra começar estou lendo um livro: O Caçador de Pipas. É emocionante. É frustrante, chega a ser perturbador pra quem mergulha num livro e se sente parte dele, como eu. Enfim estou gostando. Agora vou chegar na parte em que o post inevitavelmente vai ficar confuso.


Oi, eu me chamo Victória e queria saber quem sou e do que sou capaz. Quando eu era pequena eu era parcialmente inocente e parcialmente maldosa. Quando eu cresci, fui reprimida e acabei tendo de aprender com a vida o que é certo e o que é errado. Eu aprendi a fazer escolhas pensando e pesando o bem alheio. Hoje eu tenho 16 anos e... Continuo sendo eu. Eu sou eu de uma maneira que chega a irritar, eu não gosto de parecer os outros, eu admito que sou um pouco antissocial, eu admito que sou egoísta, que sou autoritária, mandona, incompreensiva, estressada, mal-humorada, não sou humilde o suficiente e as vezes sou preconceituosa. Mas não sou isso o tempo todo é claro, ninguém é tão ruim assim.
As vezes eu me sinto Amir, mas nunca Hassan. Eu me sinto suja, de sangue dos outros, eu me sinto ferida pelas pessoas que amo, eu me sinto inútil para qualquer ser humano e mais do que útil pra mim mesma. Meu coração tá no escuro, sendo arrastado pra um destino inevitável que vai contra os meus planos felizes. Os planos que fiz envolvendo outras pessoas, as expectativas que criei em cima dos outros. Agora não precisa prestar a atenção nem entender, o que eu vou escrever não é nada poético:


- Por que você insiste em obedecer tudo o que lhe mandam? Por que acredita em tudo o que dizem? Afinal o que tem de errado com você?


- Eu não obedeço ninguém, eu faço o que quero. Acredito porque acho que é verdade, o que tem de errado comigo é que eu sei o que é prioridade na minha vida, eu tenho amigos, eu não sou maluco como você!


2


- Eu não compreendo a tua covardia. Eu não sei do que você tem medo, eu não conheço teus monstros, e quando eu acho que realmente estou reconhecendo você vem e me aponta aquele como seu herói. O herói que nunca veio te salvar, a sua princesa o seu herói raptou, você é um cavalheiro covarde que nas andanças encontrou uma fada, um anjo o qual ta seguindo nessa estrada contigo, o qual não tem vida própria, mas vive pra você. Ou à algum tempo vivia. A fada se apaixonou por você, você se apaixonou pela fada, mas não consegue deixar essa sua maldita busca de lado pra viver esse amor. As coisas pioram quando a fada vê que o herói e a princesa estão juntos e felizes e vivem fugindo de você lhe deixando pistas de um amor falso. Você junta essas pistas como se fossem migalhas, o herói e a princesa continuam a te iludir, mas quem afinal é a fada pra lhe contar isso? Você não acreditaria, mas ela assim mesmo tentou, e as coisas só pioraram quando ela se viu negada e ainda te amando ao seu lado. Droga... Eu não queria ser essa maldita fada. Mas foi o que me sobrou.


- Bonito, mas isso distorce a realidade.


3


- Oi seu idiota, você é muito burro mesmo. 


- Eu sei. Mas o que vou fazer? Não diga, porque não farei.


4


- Você me faz sofrer muito e ainda diz que me ama.


- Me desculpa por tudo, eu sou um idiota, eu te prometo que vou mudar, vou ser o melhor cara do mundo, eu te prometo, você vai ver.


... 
E o que eu ía ver mesmo? Aé, já até fiquei cega esperando ver.






E a vida segue, eu aqui lamentando, contestando, lutando, desabafando e por aí seguem uma quantidade de "andos"...  Mas quer saber, não posso conjugar os verbos esperando que o sujeito responda aos meus anseios. Não posso cobrar de alguém as coisas que fiz de livre espontânea vontade, não posso, mas faço. Porque eu não obedeço ninguém, nem a minha consciência, nem os meus limites, eu só obedeço as minhas vontades, e talvez isso seja muito ruim pra mim, mas aí é problema meu, eu tenho essa droga de vida pra fazer o que quiser, e me fuder até um dia crescer e mudar.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Garra na guerra, paz na terra.

Minha vida virou uma batalha constante, cresci. Tenho medo do dia de amanhã, de perder mais alguém nessa guerra, de não saber os golpes surpresa, de não ter golpes surpresa, de não terminar de escrever por de repente não saber mais usar as palavras. Quando havia tanta paz, eu nem sabia o que escrever aqui, agora que há tanta guerra, eu nem acho tempo pra escrever tudo que preciso pra me sentir leve de novo.
Vou lhes contar o que eu queria fazer quando esta guerra me der uma folga: eu quero ir pra praia, lá pelas 6 da tarde, quando todos saem e o mar está aquecido, como uma banheira de sais. Eu quero ver o sol se por em cima da duna mais alta, comer milho verde, tomar sorvete e jantar qualquer mistura. Deitar na rede, jogar vôlei, fazer churrasco, ouvir música, dançar. Sem telefonemas da capital pra atrapalhar, sem visitas indesejadas, somente eu e quem eu amo. Jogar cartas quando é quase de madrugada, e dormir tapada de lençol sentindo uma brisa fresca invadir o quarto a todo o momento, dormir de conchinha com ele, sentindo seu cheiro, seu calor, sua pele macia como um ímã a atrair a minha.
Acordar com o cheiro do café, das torradas, o barulho do mar. Lavar o rosto, escovar os dentes e tomar aqueeeele café gostoso! 10:30 na beira do mar!
Só de pensar que eu já vivi assim, que eu era feliz e sabia.

sábado, 1 de outubro de 2011

Uffa! Passou.

Se Deus quiser, amanhã o Matheus vai ter alta! E fim! Férias pra mim!
Eu vou tirar umas férias de tudo, de todos, eu vou repousar, repensar e repassar ensinamentos importantes. Eu sinto que estou numa vibe quase hippie, hahaha'
As pessoas todas nas modinhas e eu parada numa moda do passado, num passado que se quer eu vivi. É estranho até pra mim, mas a verdade é que eu sempre fui chegada no passado, no meu, no seu e no passado da humanidade. Eu realmente acredito que a solução para os problemas futuros sempre está no passado. Eu to muito hippie mesmo... Hahaha'
Enfim, é a Era de Aquário, é a minha vez, é paz e amor. Só isso daqui em diante, até que a vida me pregue mais uma das suas peças. Eu passei por mais uma, eu estou de pé e estou mais forte! Eu estou nova, renovada, totalmente atualizada, ideias novas me invadem a todo o momento, tudo ganhou um novo sentido. E os problemas? FÉRIAS DELES! Chega! Basta! Eu estou fugindo mesmo, mas só por enquanto. Só pra dar um tempo, um tempo pra respirar novos ares.

Que este sol de outubro me queime inteira
Que a chuva de verão, molhe minha alma.
Que a brisa de outono, faça cair com as folhas
Todas as minhas angustias.
Que a vida me negue tudo para que eu possa
Correr atrás e fazer valer a pena o que conseguir.
Que eu veja todas as coisas simples do mundo
E que não ignore os grandes feitos da natureza.
Por que o amor guiara meus passos
Rumo a um grande futuro inesperado e desconhecido.