sábado, 17 de setembro de 2016

poesia de antes

Vem, cheio de raiva no olhar.
O ódio que exala no ar
Adrenalina que me faz pulsar.
Só vem que eu vou estar
Andando sem destino pela rua.
Vestida de preto, ou apenas nua.
Vidraça quebrando, correndo, tremendo.
Detida, ferida e o sangue escorrendo.
Feito bicho selvagem, acuada.
Incompreendida e marginalizada.
Decepcionando sua expectativa.
Inventando uma saída criativa.
Tentando driblar o sofrimento,
Tentando aproveitar o momento,
Vivendo um sonho acordada,
Caiu na pior emboscada.
Deu um nó na garganta e silenciou o peito
Não havia mais nada a se fazer
Mas deu seu jeito.
É preciso seguir, eles disseram.
Como se fosse fácil assim
Como cheirar um jasmim
Como beijar devagarin
Enquanto saboreia seu próprio fim.



Nenhum comentário:

Postar um comentário