Muitas pessoas não acreditam em signos, ele também não. Mas como
explicar essas fases do ano que a gente fica mais conectado mesmo estando tão
longe um do outro? Sempre, ali por maio, eu entro na fase de abstinência da
presença dele, depois ali por agosto eu consigo superar e fico mais feliz
comigo mesma, volto a me enxergar em primeiro plano. Todos os anos desde que
nos conhecemos eu vejo esses ciclos se repetirem e não consigo achar uma
explicação lógica ou uma maneira de amenizar o que sinto. É bem difícil passar
cerca de 3 meses com o coração apertado, um grito preso na garganta, sonhos
angustiantes todas as noites, uma vontade de viver uma outra vida, mudar todas
as escolhas já feitas... É bem difícil e doloroso. Mas depois vai passando, vai
amenizando, o foco muda e os horizontes se expandem. No próximo ano tudo se
repete, com um diferencial, também observo um padrão de mudanças nos acontecimentos
conforme o ano, seja ímpar ou par. Até 2013 todos os anos ímpares eram anos de
muito sofrimento em que várias mudanças ruins aconteciam. Mas em 2013 um fenômeno
aconteceu e modificou os ciclos. Os anos ímpares passaram a ser anos de grandes
emoções não necessariamente ruins e que com certeza sempre deixaram marcas, os
anos pares são sempre anos de estabilidade emocional, tranqüilidade, nada de mudanças
e nem fortes emoções. Então, aguardo 2017 e todo seu potencial transformador
enquanto aproveito a tranqüilidade de uma fase mais centrada em mim mesma.
PS: Se ele tivesse feito o contato em julho eu certamente sofreria muito mais,
ficaria muito mais iludida, perdida e completamente louca talvez. Mas, como só
foi acontecer no dia 6 de agosto eu consegui lidar um pouco mais de boa. Fiquei
um pouco chocada, criando teorias conspiradoras de que talvez você pudesse ter
lido algo aqui, mas depois voltei pra realidade e ignorei todas as paranoias que não me levariam a nenhuma conclusão.
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