Quer saber? Vai se foder, eu to cagando pra você e pras suas historinhas, vai pra bem longe de mim, não quero saber, não to mais
afim. Eu vou pro inferno também e espero não te encontrar lá, você e as suas
boas intenções vão pra outro lugar. Aqui não é o paraíso, muito menos o céu, eu
posso ser doce às vezes, mas não sou feita de mel. Do que sou feita não
interessa, estou escrevendo isso com pressa, só pra ver se alivia essa vontade
de te matar, só pra vomitar nas palavras meu nojo e conseguir disfarçar. Acabo
meu saco pra ficar aqui escrevendo, não me cobre explicações que eu não estou
te devendo, ao invés de olhar pra essa sua cara eu preferia estar morrendo.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
domingo, 11 de dezembro de 2016
Quando o véu se cai
Fui destinada a viver momentos únicos e inexplicáveis algumas
vezes nesta vida, não se tratam de meras experiências carnais, fúteis ou rasas,
mas contestam toda lógica existencial em que vivemos. Se me conecto ao universo
e observo seus sinais, abandono a racionalidade por alguns instantes e sou
capaz de ver o véu que cobre nossos rostos cair lentamente e revelar nossas
cicatrizes mais profundas, expondo nossa essência sob o céu noturno iluminado
pelas luzes da cidade.
Tive medo de explorar as profundezas do oceano pelo qual
naveguei por anos, mas desde que levantei voo desconheço limites ou fronteiras
no céu. Estava em constante movimento quando desacelerei progressivamente até
me encontrar estática diante de tanta intensidade. E o medo sumiu, e a água
fluiu, e o tempo seguiu, e a brisa surgiu para resfriar a superfície, para
levar embora as cinzas e purificar todo meu ser.
A integridade da pele que me reveste agora não é uma garantia de
que não vou sangrar outra vez, mas desta vez será diferente, pois o ciclo que
se inicia demanda mais energia, mais disposição, mais coragem, mais entrega,
mais força, mais do que estive disposta a dar até o momento. Respeitar as
particularidades alheias pode ser a parte mais difícil desse processo e também
a mais importante.
Lua no céu, ofuscada pelas luzes da cidade
Universo em constante movimento e sincronicidade
Insubmisso às regras e leis que regem essa sociedade.
Silenciosamente está desafiando a minha compreensão
Guiando um carro em alta velocidade no sentido contra-mão
Um tempo-espaço paralelo em constante contradição
Significados ocultos ignorados por nós
Transmitem sinais quando estamos a sós
A dor ao falar fica exposta na sua voz
Vou seguindo seu raciocínio até ele falhar
Observo em seus olhos marejados o íntimo revelar
Universo em constante movimento e sincronicidade
Insubmisso às regras e leis que regem essa sociedade.
Silenciosamente está desafiando a minha compreensão
Guiando um carro em alta velocidade no sentido contra-mão
Um tempo-espaço paralelo em constante contradição
Significados ocultos ignorados por nós
Transmitem sinais quando estamos a sós
A dor ao falar fica exposta na sua voz
Vou seguindo seu raciocínio até ele falhar
Observo em seus olhos marejados o íntimo revelar
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
Pedaços de poemas não terminados
Universos inteiros na
pupila do teu olho
E um instinto
sobressaltando à pele
Livres e selvagens,
insubmissos e ingovernáveis!
Um coração de carne
vermelha e sangue quente
Pulsando e ardendo, amor
e ódio
Ainda na pureza da
infância
No centro da America
Latina
Barriga vazia e esperança
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