Preciso escrever, pra desabafar um pouco. Eu tenho muitos sentimentos dentro de mim. As vezes eu acho que é por isso que eu quero ir pra rua e gritar. E não importa o quão pior a situação possa se tornar, eu sempre me recuso a aceitar o fato que querem me impor: de que não há saída. As pessoas as vezes parecem tão pessimistas, mas elas só não estão se dando o luxo da inocência, elas só não estão abrindo guarda com medo de que dessa vez a flecha perfure fundo demais. A pior coisa do mundo, pra mim, hoje, é saber que você não pode confiar em ninguém nesse mundo. É saber que você nunca vai estar protegido, nunca vai estar junto, e que o amor... Ele é algo que vem de dentro, mas que raramente consegue ser transmitido. É o amadurecimento, são os espinhos que a vida coloca na nossa pele, e que depois se tornam parte de nós e começam a espetar os outros. É o sangue esfriando, o fogo apagando, você surtando e todos em volta te olhando como se fosse estivesse passando por um processo natural e pior, como se você fosse fraca por isso. Como se eles esperassem mais de você.
Meu remédio é ler, escrever, ouvir música, fazer tudo isso ao mesmo tempo. Isso me purifica, me limpa por dentro, me renova, e aí eu volto pro mundo cruel e sorrio pra ele. Ele fica muito irritado com isso, ele não entende como eu me levanto a cada queda. A vida, o mundo, o tempo, as outras pessoas, são bons e ruins, são falsos e verdadeiros, estão sempre dançando, tentando me confundir, tentando me tirar de cena. Mas eu volto, eles me ferem e pensam que estou morta, mas eu venho até aqui, me curo e volto. E ficamos nesse ciclo vicioso, e nunca nos cansamos, pois cansar significa a derrota e eu não nasci pra perder.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Guerra para quem quer guerra e amor pra quem quer amor.
Todo mundo sabe que entre o amor e ódio existe uma linha muito tênue, o que ninguém consegue entender é o quê essa linha delimita, o que ela significa. Eu estou tirando a minha conclusão.
Isso é amor
Isso é ódio
Isso é amor dentro do ódio
Isto é amor
Isto é ódio
Isto é amor enfrentando o ódio
A rebeldia é colocar o ódio pra fora e o amor para dentro, é lutar contra quem espalha ódio e proteger quem preserva o amor. É um sonho que nos move, o sonho do mundo em que todos somos iguais, em que ninguém sofre por falta de condições básicas a vida. É... Lindo. Quanto mais eu conheço essa luta, mais amor eu tenho aos seres humanos que lutam comigo. Independente da ideologia auto afirmada, o inimigo é comum, e assim como nós, ele não tem rosto, mas tem um apelido: "mão invisível do mercado". O capitalismo, esse sistema perverso, que estoca comida de um lado enquanto outros morrem de fome do outro, que endeusa algumas pessoas enquanto demoniza outras. Que diz quem deve viver e quem deve morrer. Ele é o nosso inimigo em comum e nós... Somos a RESISTÊNCIA.
"A arte que usa as ruas como palco para dramatizar a rotina opressora que passa, muitas vezes, como uma normalidade aos olhos de quem não sente na pele a dura realidade que a vida impõem aos nossos irmãos".
"A arte que usa as ruas como palco para dramatizar a rotina opressora que passa, muitas vezes, como uma normalidade aos olhos de quem não sente na pele a dura realidade que a vida impõem aos nossos irmãos".
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Escrito em algum dia do começo de Abril...
♪ All I need is a bitter song to make me better. Much better.
Dizem que o trauma muda você. Que depois do trauma nem você, nem nada permanece igual. Seu pensamento muda, seu instinto muda, seu sentimento muda. Depois que a bolha cor-de-rosa em que você vivia estoura, a realidade parece muito cruel, até que você se acostuma e tudo vai ficando bom de novo. Mas não se preocupe, a tempestade tarda, mas ela sempre te alcança. Viva a dor, viva o amor, viva o sorriso e também as lágrimas, por que tudo passa e nada permanece intacto.
Beije a realidade. Olhe para seu rosto tão feio e cruel, não a deixe perceber o nojo que sente dela, apenas abrace-a e beije-a. Se misture na paisagem vazia e fútil e seja bem vindo a vida.
domingo, 17 de março de 2013
Vida nova
Segunda noite em Pelotas, dia 07.03.2013
Estou amando esta cidade, é simplesmente linda e maravilhosa. Eu
nunca pensei em vir pra cá, eu nem ligava pra existência de um lugar que hoje
está me fazendo muito feliz. Mas parece que a vida é assim, eu nunca imaginei
namorar uma pessoa como o Matheus e ainda por cima com esse nome, eu nunca
pensei em morar junto com uma pessoa no terceiro ano de namoro, eu nunca pensei
em morar e fazer faculdade em Pelotas, e por um tempo eu cheguei a desistir
daquilo que eu sempre pensei: Cursar Odontologia. Mas eu só tenho a agradecer a
Deus por que ele sempre sabe o que é melhor. Não ter sido aprovada na UFRGS foi
um momento ruim e difícil, mas era preciso passar por uma decepção para ganhar
um presente maravilhoso, a aprovação na UFPEL. Eu sinto que serei feliz em
Pelotas, sinto que estou pronta para abraçar tudo o que a cidade me oferece de
bom. Eu queria poder mostrar pra todos que conheço o que é a simpatia e
gentileza deste povo. É algo realmente admirável, desde que estou aqui eu não
fui destratada nenhuma vez, por ninguém, todos são educados e gentis,
prestativos e atenciosos, eu nunca vi nada parecido em nenhum lugar, mas é o
que acontece aqui. Eu estou tão feliz que nem tenho muito sobre o que
escrever... Estou feliz, feliz, feliz. Estou correndo contra o tempo pra
ajeitar a vida por aqui. Hoje estou sem internet, vou escrever isso, salva e só
depois postar aqui no blog. Coisas de mudança. Hahaha...
Bom, vou falar um pouco desse sentimento em relação à faculdade
que, infelizmente, só começa mesmo em maio. Mas como essa é a cidade dos universitários
é claro que hoje eu já pude conferir ao vivo o trote do curso de Direito, que
como não fez greve ano passado teve o inicio do ano letivo agora por esses
dias. O que eu gostaria de dizer em relação ao meu curso e a nova experiência
que vai ser a faculdade é que: EU ESTOU ANSIOSA. Hahaha... Isso é meio óbvio,
mas pra mim é demais. Não sei por que isso cresceu tanto, essa expectativa,
essa ânsia, acho que estou idealizando demais. Mas eu me compreendo, afinal eu
quero ser dentista desde pequena e ao entrar na adolescência eu desisti disso
por achar praticamente impossível, em agosto de 2012 eu resolvo acreditar no
meu sonho mais uma vez, mas vejo que a concorrência é realmente alta, os custos
do curso são altos, a rotina de estudo é puxada e a pressão dos familiares e
amigos é grande, chega perto do dia da prova da UFRGS e não me sinto pronta, ao
contrário: Bate um desespero. Mas de repente os dias passam, a decepção passa,
e os raios de sol surgem. O resultado seria divulgado no dia 18.02, dia 17 eu
recebo uma mensagem no meu celular dizendo que eu fui aprovada na segunda
chamada do SISU. A princípio eu não acreditei, mas dia 18 pude ver meu nome na
lista dos vitoriosos, a lista que, quando você vê seu nome lá, muda sua vida e
que quando você não vê faz doer seu coração. Ver seu esforço indo pelo ralo não
é fácil, mas eu encarei isso tudo como uma guerra. Eu fiz amigos nessa guerra,
mas muitos ficaram pelo caminho, eles e seus sonhos, quando pensei que tinha
acabado, quando pensei que estava morta, eu estava indo pro paraíso. Eu perdi a
batalha “UFRGS”, mas ganhei a guerra “entrar na universidade”, agora eu estou
travando uma nova guerra: “me tornar uma dentista”. Eu sei que vou perder
algumas batalhas durante essa guerra, mas o importante é conquistar o objetivo
final. Eu vou filmar e fotografar meu trote, vou por uma foto aqui e o resto no
facebook. Bom, eu vou dormir por que já está tarde e amanhã eu acordo cedo pra
caminhar pela cidade e descobrir novos locais, novas paisagens, fazer amigos e
me divertir, afinal a vida dá uma trégua as vezes, para que você respire e
retome o fôlego. Momentos bons, momentos em que a vida anda calma, boa e
ensolarada, não são momentos inspiradores pra mim, na verdade eu nem sei o que
escrever durante esse período, mas eu prefiro viver momentos felizes do que
escrever momentos tristes. Escrever é um desabafo, as letras são como as
lágrimas, os gritos, e tudo mais que a gente faz e sente quando está triste,
revoltado, angustiado ou muuuuito feliz. Eu geralmente não penso muito quando
escrevo, tive que parar pra pensar nisso agora, Hahaha, mas o que eu quero
dizer é que o que sai da minha mente direto para os meus dedos, não passa por
um filtro ou algo do tipo. Eu simplesmente desabafo e esqueço. Me faz bem, não
importa se ninguém lê, o que importa é que fica guardado num lugar que não é a
minha mente, o que importa é que não me incomoda mais, mas eu ainda posso ver o
tamanho do espinho por que ele fica aqui nesse vidro que é o meu blog. Está
ficando tarde, mas agora que eu coloquei uma música boa e estou só no meu
quarto escuro nada mais requer a minha atenção, eu estou vazia e tranqüila,
agora eu não consigo parar de escrever. Já me disseram que eu poderia ser
escritora, mas pensando bem: Não. Escritores escrevem sob qualquer
circunstância, sobre qualquer assunto, qualquer tipo de texto. Eu até posso
fazer isso, mas iria contra o que eu acredito. Destruiria minha visão da
escrita. Por isso, por enquanto, eu nem cogito fazer letras. Sabe... Talvez a
odontologia me decepcione, talvez Pelotas me decepcione, talvez tudo o que eu
gosto me decepcione, mas eu não posso contar com isso, eu me recuso a estar
pronta pra isso. Estar preparada para o pior é o cumulo do pessimismo. Se o
pior vier, se ele acontecer, eu vou encará-lo, vou superá-lo, vou me abalar,
mas vou seguir em frente.
Já perceberam que quando acaba um assunto eu emendo outro sem
nem abrir um novo parágrafo? Eu faço isso aqui, mas eu não fiz na redação do
ENEM. Hahaha...
Estava relendo ela, eu estava inspirada, o tema era perfeito, o
dia foi bom, enfim... Deus preparou tudo pra mim naquele dia. Eu espero poder
ajudar o Matheus esse ano, ele foi muito mal no Enem, eu espero poder ajudar
ele e ano que vem ele dar o orgulho pra família dele de dizer: Eu Passei no
Vestibular da Universidade Federal! Eu torço muito por ele. Estou caindo de
sono, boa noite leitores, até uma próxima!
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Hello 2013
Faz algum tempo que não apareço por aqui. Mas hoje, Quinta-feira, 00:35
hrs, 24 de Janeiro, eu resolvi escrever. Talvez por que esteja me sentindo
sufocada. O resultado que vai mudar a minha vida vai sair em algum dia entre
hoje, amanhã e depois de amanhã. Se eu fracassar, quero me lembrar desse
momento, o momento em que eu estava escrevendo isso, quando eu ainda não sabia
que tinha fracassado. Se eu conseguir, quero agradecer todos os dias da minha
vida à Deus por me permitir realizar um dos meus grandes sonhos: Ser uma
Dentista. Eu falo nisso desde que tinha 7 anos, quando eu soube o que
significava ter uma profissão, quando eu fui pela primeira vez no Hospital da
PUC aqui em Porto
Alegre. Desde esse dia eu quero ser dentista. Muita gente,
nesse meio tempo, disse que eu não conseguiria, que essa faculdade era muito
cara, mesmo sendo em uma federal. Era muito difícil, mesmo que eu me
esforçasse. Eu não conseguiria. E nesses próximos dias eu vou saber se consegui
ou não. Ninguém aqui em casa está percebendo, pois eu tenho passado os dias de
verão em frente ao computador vivendo em um universo paralelo chamado fake.
Algo que eu uso pra expressar uma outra personalidade, fugir do mundo real
quando as coisas ficam feias. Uma válvula de escape. Todos deveriam ter uma.
Estava lendo uns posts antigos e percebi que há mais ou menos um ano atrás eu travei uma guerra contra uma doença, contra uma família e contra um cara que estava fingindo ser o Matheus. E eu venci. E estou aqui hoje pra contar isso pra vocês. Eu sou uma vencedora vocês sabiam? Mesmo que eu fracasse agora, nessa nova guerra, nada mudará o fato de eu ser uma vencedora de uma outra guerra. O Matheus mora comigo, a minha família é perfeita. Eu tenho todos que amo e todos que me amam ao meu redor. Não há brigas ou mágoas, não há nada do que reclamar. É o paraíso. Mas eu ainda choro, por que ainda estou crescendo como pessoa, ainda não me tornei uma adulta, mas sei que isso está acontecendo aos poucos e cada provação que eu tenho que passar, para me tornar uma mulher, deixa uma marca em mim. As vezes eu não tenho paciência com os outros, nem comigo mesma. As vezes, quando escuto músicas que me despertam algum tipo de sentimento, bom ou ruim, e isso me faz querer gritar. Toda a mudança de fase é complicada, mas à medida que vamos amadurecendo, os efeitos colaterais ficam mais suaves e nós nos acostumamos com isso, esse massacre da alma. É como se destruir para poder assumir uma nova forma. É o que eu farei em alguns dias, eu me destruirei e assumirei uma nova forma, uma nova postura diante da vida.
Estava lendo uns posts antigos e percebi que há mais ou menos um ano atrás eu travei uma guerra contra uma doença, contra uma família e contra um cara que estava fingindo ser o Matheus. E eu venci. E estou aqui hoje pra contar isso pra vocês. Eu sou uma vencedora vocês sabiam? Mesmo que eu fracasse agora, nessa nova guerra, nada mudará o fato de eu ser uma vencedora de uma outra guerra. O Matheus mora comigo, a minha família é perfeita. Eu tenho todos que amo e todos que me amam ao meu redor. Não há brigas ou mágoas, não há nada do que reclamar. É o paraíso. Mas eu ainda choro, por que ainda estou crescendo como pessoa, ainda não me tornei uma adulta, mas sei que isso está acontecendo aos poucos e cada provação que eu tenho que passar, para me tornar uma mulher, deixa uma marca em mim. As vezes eu não tenho paciência com os outros, nem comigo mesma. As vezes, quando escuto músicas que me despertam algum tipo de sentimento, bom ou ruim, e isso me faz querer gritar. Toda a mudança de fase é complicada, mas à medida que vamos amadurecendo, os efeitos colaterais ficam mais suaves e nós nos acostumamos com isso, esse massacre da alma. É como se destruir para poder assumir uma nova forma. É o que eu farei em alguns dias, eu me destruirei e assumirei uma nova forma, uma nova postura diante da vida.
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