Quando ela mente, seus olhos a traem.
Mas ela não desiste, e persiste em dizer:
- Eu te amo.
Se sorrio ela fica mais séria, se fico sério:
- É verdade, eu juro.
Mas seus olhos a traem, se umedecem e a traem.
Seus lábios entre-abertos são um convite a flutuar, mas hoje a sua consciência pesada não a deixará tirar os pés do chão, não permitirá desconcentração, ela precisa tanto me convencer. Eu vou sorrir mais uma vez, só para testá-la e depois eu vou ceder, mas a lágrima cai antes das palavras, ela parece tão exausta, um abraço acabaria com a sua dor, seria o início de um perdão. Mas eu me mantenho ali, o teste se tornou uma tortura, ainda não é o seu castigo, mas eu tenho um plano muito bom pra ela.